O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente pelo HPV. No Brasil, esse é o terceiro câncer mais comum na mulher, com taxas de mortalidade da mesma forma, muito elevadas.
Porém, há nesse cenário preocupante, também notícias boas, como a Campanha “Março Lilás. Essa campanha tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância e a disponibilidade de medidas eficazes para prevenir o aparecimento desse câncer. Essas medidas estão disponíveis tanto no Sistema Único de Saúde, quanto na rede conveniada e particular.
Uma das medidas de extrema importância no combate a esse câncer é a vacina contra o HPV que, ao prevenir a infecção pelos tipos de HPV mais frequentes no câncer do colo, acarretaria uma diminuição de 70 a 90% dos casos desse câncer.
Essa vacina está disponível na rede pública de saúde, desde 2014 para meninas de 9 a 14 anos e, desde 2017 para meninos de 11 a 14 anos.
Importante salientar a importância da vacinação de meninos, meninas, homens e mulheres, não apenas para quebrar a cadeia de transmissão sexual do HPV, mas também para prevenir outros cânceres relacionados ao HPV, como o câncer anal, vulvar, de pênis, e de orofaringe.
Para aqueles que não tiveram oportunidade de se vacinar na idade recomendada pelo Ministério da Saúde, essa vacina está disponível na rede privada.
A segunda informação de igual importância é que as lesões pré-cancerosas ocasionadas pelo HPV podem ser rastreadas pelo exame de Papanicolaou, identificadas pelo exame colposcópico, e tratadas de forma muito simples, antes de se tornarem câncer invasor.
Dessa forma, o câncer do colo do útero é considerado uma doença que pode desaparecer nos próximos anos e essa é a proposta da OMS para ser alcançada em 2030, utilizando vacinação, rastreamento e tratamento.