A Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia (SGGO) vem, por meio desta,
manifestar apoio à Consulta Pública nº 95/2024, referente à avaliação da incorporação
da Vacina VSR A e B (recombinante) no Sistema Único de Saúde (SUS) para a prevenção
da doença do trato respiratório inferior (DTRI) e da doença grave do trato respiratório
inferior (DTRI grave) causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em bebês até os
seis meses de idade, por imunização ava de gestantes.
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é uma das principais causas de infecções
respiratórias graves em bebês e crianças menores de dois anos. Esma-se que o VSR
seja responsável por até 75% dos casos de bronquiolite e 40% das pneumonias durante
certas épocas do ano. Entre as crianças acomedas, cerca de 10% requerem
hospitalização, e, destas, metade é admida em Unidades de Terapia Intensiva (UTI),
com maior risco para bebês menores de cinco meses de idade.
Diante da alta morbimortalidade associada ao VSR, especialmente em crianças nos
primeiros meses de vida, a vacina Abrysvo® apresenta-se como uma estratégia
altamente ecaz e necessária. Estudos ciencos demonstraram que seu uso reduz
signicavamente as hospitalizações causadas pelo VSR, com uma redução de 56,8%
nos casos, além de diminuir drascamente a ocorrência de infecções graves no trato
respiratório inferior.
Estamos conscientes das implicações nanceiras relacionadas à incorporação dessa
tecnologia no SUS. Contudo, o benecio gerado pela redução da morbimortalidade
neonatal, a diminuição das hospitalizações e o impacto posivo na saúde pública
supera em muito os custos envolvidos, consolidando a vacina como uma medida de
alto valor para a sociedade.
Além disso, a incorporação da Vacina VSR A e B no SUS representa um avanço na saúde
pública, alinhando-se às prácas de prevenção preconizadas para proteger as
populações mais vulneráveis. O impacto posivo dessa tecnologia será sendo não
apenas nas taxas de morbidade e mortalidade neonatal, mas também na redução da
pressão sobre os serviços hospitalares e de terapia intensiva, que frequentemente
enfrentam lotação devido aos surtos sazonais de VSR.
A SGGO acredita que a imunização ava de gestantes entre 32 e 36 semanas com essa
vacina reforça a importância do acompanhamento pré-natal qualicado, que é o
momento ideal para a aplicação de estratégias de prevenção. Campanhas de vacinação
e educação, aliadas à incorporação dessa tecnologia no SUS, trarão benecios
concretos para a saúde da mulher e do recém-nascido.
Reiteramos nosso apoio a essa proposta, que representa um marco na prevenção de
doenças respiratórias graves em bebês. Estamos à disposição para colaborar com ações
de conscienzação e implementação dessa medida, reforçando nosso compromisso
com a saúde da mulher e da criança.
Atenciosamente,
Diretoria da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia
Goiânia, 26 de novembro de 2024